sexta-feira, 9 de julho de 2010

O apoio Psicológico no trtamento de um dependente Químico

Por Gisele de Oliveira


Se restabelecer após sair de uma clínica de tratamento onde houve o processo de desintoxicação é uma etapa muito árdua para o dependente, pois é nessa fase que ele reencontra as amizades e o contato com a vida que levava anteriormente.
Segundo pesquisa realizada pelo CEBRID (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas) uma das primeiras causas para a procura de entorpecentes seria a influência de grupo de amigos e também descobrir sensações diferentes. Por isso, durante esse processo de readaptação é essencial a ajuda de um profissional de psicologia que irá orientar e ouvir o dependente durante a nova etapa de sua vida.
“Não existem drogas ‘leves’ nem drogas ‘pesadas’”. São todas drogas que apresentam as suas “especificidades e que não devem ser menosprezadas nem embelezadas com bonitos e apelativos ‘rótulos’ como se faz com as bebidas alcoólicas”. Na sua generalidade, todas fornecem altos níveis de bem-estar, alívio, recompensa, gratificação imediata e profunda no nosso ser, umas mais outras menos quer seja físico, mental e espiritual.
se usa drogas por varias razões, sendo uma delas para que se altere o estado de humor do sujeito.
A busca constante por estímulos prazerosos, como alimentos saborosos, uma cerveja geladinha e a relação sexual excitante, está associada a um ‘sistema cerebral de recompensa’, assim denominado pelo neurobiólogo americano James Olds nos anos 60. Trata-se de uma complexa rede de neurônios que é ativada quando fazemos atividades que causam prazer. Este sistema nos fornece uma recompensa sempre que fazemos determinadas atividades, levando-nos, portanto, a repetir aqueles atos” Afirma.
Essa fuga da realidade dos problemas que a droga oferece passa e os problemas continuam, porém para um dependente viver sem o efeito das drogas e conseguir se manter sóbrio mediante os problemas é algo muito mais complicado, uma vez que ele sabe o efeito da substância sobre seu organismo.
Ao dependente que realmente quer se livrar do mundo das drogas, Raquel dá um conselho “Procure ajuda e siga religiosamente todos os passos que lhe são sugeridos, pois a seriedade que a pessoa encara o tratamento é o primordial para se obter sucesso e conseguir se manter abstinente libertando-se do vício”.

O apoio Psicológico no tratamento de um dependente Químico

Por Gisele de Oliveira


Se restabelecer após sair de uma clínica de tratamento onde houve o processo de desintoxicação é uma etapa muito árdua para o dependente, pois é nessa fase que ele reencontra as amizades e o contato com a vida que levava anteriormente.
Segundo pesquisa realizada pelo CEBRID (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas) uma das primeiras causas para a procura de entorpecentes seria a influência de grupo de amigos e também descobrir sensações diferentes. Por isso, durante esse processo de readaptação é essencial a ajuda de um profissional de psicologia que irá orientar e ouvir o dependente durante a nova etapa de sua vida.
“Não existem drogas ‘leves’ nem drogas ‘pesadas’”. São todas drogas que apresentam as suas “especificidades e que não devem ser menosprezadas nem embelezadas com bonitos e apelativos ‘rótulos’ como se faz com as bebidas alcoólicas”. Na sua generalidade, todas fornecem altos níveis de bem-estar, alívio, recompensa, gratificação imediata e profunda no nosso ser, umas mais outras menos quer seja físico, mental e espiritual.
se usa drogas por varias razões, sendo uma delas para que se altere o estado de humor do sujeito.
A busca constante por estímulos prazerosos, como alimentos saborosos, uma cerveja geladinha e a relação sexual excitante, está associada a um ‘sistema cerebral de recompensa’, assim denominado pelo neurobiólogo americano James Olds nos anos 60. Trata-se de uma complexa rede de neurônios que é ativada quando fazemos atividades que causam prazer. Este sistema nos fornece uma recompensa sempre que fazemos determinadas atividades, levando-nos, portanto, a repetir aqueles atos” Afirma.
Essa fuga da realidade dos problemas que a droga oferece passa e os problemas continuam, porém para um dependente viver sem o efeito das drogas e conseguir se manter sóbrio mediante os problemas é algo muito mais complicado, uma vez que ele sabe o efeito da substância sobre seu organismo.
Ao dependente que realmente quer se livrar do mundo das drogas, Raquel dá um conselho “Procure ajuda e siga religiosamente todos os passos que lhe são sugeridos, pois a seriedade que a pessoa encara o tratamento é o primordial para se obter sucesso e conseguir se manter abstinente libertando-se do vício”.

Relação de um dependente com a família

Por Gisele de Oliveira



O consumo de drogas não afeta somente o dependente químico, os familiares e as pessoas mais próximas acabam passando por desafios na tentativa de ajudar a pessoa a se libertar do vício.
O dependente químico altera o seu comportamento em função das drogas e isso passa a ser percebido pelas pessoas que estão ao seu redor.
Na maior parte das vezes há uma rejeição por parte da família em aceitar o estado em que se encontra uma pessoa que tanto amam. Segundo Leila Weinschutz, seu irmão Felipe havia se transformado em uma pessoa que ela desconhecia e assim, ela começoui a desconfiar de que ele estaria se envolvendo no mundo das drogas. “Ele mentia muito, era agressivo e sempre estava sumindo dinheiro na minha casa” conta.
Felipe chegou a ser preso por estar drogado e começar fazer vandalismo na rua. Na cadeia acabou apanhando muito. Foi então que finalmente resolveu pedir ajuda a irmã “Quando soube que ele estava preso fui conversar com ele e ele me pediu ajuda, disse que não queria passar por aquilo. E assim, contratei uma advogada para tirá-lo de lá. Quando ele finalmente saiu me perguntou como eu poderia ajudá-lo e eu o levei para uma clínica de tratamento para drogados”.
Durante o período de desintoxicação a necessidade de falar com o irmão era grande, mas o medo de traficantes quererem matar a família era maior, uma vez que Felipe estava devendo na boca de fumo. Leila fez empréstimos no banco e pagou a dívida “o amor pelo meu irmão me fez ajuda-lo, jamais pensei em desistir” conta.
Um desafio que os dependentes encontram após o tratamento é a necessidade de voltar ao convívio da família e ter deles confiança, que é abalada por causa do vício “Por diversas vezes pedia aos meus pais para confiarem nele”. Ele precisava olhar para a família e sentir apoio. “Ninguém conseguia deixar a bolsa perto dele com medo de ser roubado”, afirma.
Segundo a psicóloga Raquel Vieira, especialista em dependência química, ao contrário de outras doenças, o uso de drogas é uma patologia coletiva, pois afeta profundamente todos aqueles que estão ligados afetivamente ao usuário, que recebem o nome de co-dependentes. “É importante que a família não se isole e busque ajuda não só para o dependente, mas também para si”.

Clínica de reabilitação em Petrópolis



Por Gisele de Oliveira


Em Petrópolis existe uma clínica a nível particular para dependentes química chamada CTR (Comunidade Terapêutica Resgate Família), localizada na Posse, que recebe cerca de 30 internos que farão tratamento para se libertar do mundo das drogas ilícitas como Crick, Cocaína, maconha etc. e também das drogas lícitas como o álcool e o cigarro.
Cobrando uma mensalidade de R$ 800,00 mensais a clínica oferece o auxílio de psicólogas que acompanham o tratamento dos internos dando suporte para que não desistam do tratamento.
Essas profissionais realizam o trabalho de Registro de Eventos Significativos (RES), onde procuram saber dos internos o que eles estão sentindo, como está sendo o processo de desintoxicação, e através deste, elas podem fazer uma avaliação de como está o andamento de recuperação de cada um.
Na parte da manhã os internos assistem palestras sobre os vícios, fazem um momento de leitura da Palavra de Deus (sem vínculo com nenhuma instituição religiosa) e a tarde eles fazem a labroterapia, manutenção das dependências da clínica e após o trabalho eles ficam livres para nadar, jogar sinuca, malhar etc.
No quadro de internos existem homens de diferentes classes sociais, pessoas sem estudos e até mesmo graduadas. O nível de faixa etária varia bastante, desde adolescentes de 15 anos até idosos de 60 anos. Dentre esses 50% tem idade de 19 a 30 anos, 20 % Menores de 18 anos e 30 % de 30 a 60 anos. Segundo dados do CTR.
O tratamento dura cerca de cinco meses, porém se o interno ainda não estiver se sentindo seguro para sair da clínica ele poderá ficar o tempo necessário para se readaptar na sociedade. Para isso a clínica trabalha com o modo de readaptação que começa depois de 3 meses de tratamento. O interno poderá sair na sexta-feira e retornar na segunda-feira, indo para casa de seus familiares. Se este retornar tendo uma recaída ele será aconselhado a ficar um mês a mais em tratamento. No caso de menores de idade só saem na companhia dos responsáveis.
Felipe Weinschutz trabalha no CTR como coordenador da clínica e já fez parte do grupo de internos da mesma. Atualmente ele está completando 11 meses no trabalho. Usuário desde os 15 anos, ele contou que começou usando álcool e aos 16 conheceu a cocaína. Passados 10 anos ele começou a usar Crack. Ele conta que o CTR o ajudou muito a se livrar do vício “O CTR foi tudo na minha vida. Já havia perdido o emprego e fiquei preso uma semana por causa de drogas e bebidas, pois quebrava o patrimônio das pessoas e fui pego. Assim que saí da delegacia percebi que não queria mais passar por aquela situação e decidi pedir ajuda a minha família.”.
Quando ele se depara com pessoas no estado em que ele se encontrava afirma sentir compaixão “ Já passei por isso e sei como é. A gente vive como escravo, não quero mais voltar para essa situação”.
Para manter o vício da cocaína ele diz já ter roubado dinheiro dos pais e quando não encontrava o dinheiro, pedia fiado na boca de fumo. “Já vi conhecidos morrerem por fugir de policiais e também por dever na boca de fumo. Não tem jeito a necessidade de ter a substância é maior do que qualquer coisa” afirma.
Quando chegam ao fim do tratamento os internos são aconselhados a procurar um centro de apoio, como Igrejas, AA (Alcoólicos anônimos) ou o NA (Narcóticos Anônimos), que os ajudarão a se manter limpos das substâncias químicas e serem reinseridos na sociedade.

O Tráfico de Drogas e o consumo em Petrópolis

Por Gisele de Oliveira


O tráfico de drogas ou entorpecentes é produzido em escala global, desde o cultivo em países subdesenvolvidos até seu consumo, principalmente nos países ocidentais, nos quais o produto final atinge um alto valor no mercado.
No Brasil, estudos mostram que só começaram a ter o controle do que era utilizado e comercializado no século XX a partir de 1921.
O consumo de drogas acarreta conseqüências sociais que envolvem crime, violência, corrupção, marginalidade, entre outros e por isso é proibida a comercialização destas substâncias.
Estudo efetuado pela Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro em dezembro de 2008, estimou que o tráfico de maconha, cocaína e crack no Rio fatura entre 316 e 633 milhões de reais por ano,
Um documento divulgado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2006 cita que no Brasil o narcotráfico “emprega” mais de 20 mil “entregadores” de drogas que em sua maioria são jovens de 10 a 16 anos que ganham salários de US$ 300 a US$ 500 por mês. Só no Rio de Janeiro, o narcotráfico vende por ano cerca de seis toneladas de drogas, faturando cerca de R$ 900 milhões, de acordo com a Polícia Civil carioca. Desse montante, quase R$ 600 milhões são faturados por diferentes facções criminosas.
Atualmente Petrópolis é uma das cidades que tem recebido grande quantidade de entorpecentes, o que preocupa muito a população, pois o número de assaltos e mesmo assassinatos está crescendo na cidade. Acredita-se que o tráfico tem levado grande parte dos jovens petropolitanos de classe média baixa para o uso e a venda das drogas para obter uma melhor qualidade de vida, devido ao lucro que a atividade gera.
Segundo o inspetor da 106ª DP, Celso Leal, o aumento do consumo de drogas na cidade é o causador de tantas apreensões no início desse ano ”Posso declinar que em média fazemos um flagrante de tráfico por semana na nossa área circunscricional. Aqui não há bocas de fumo armadas ou formalmente estabelecidas, que apontem para um grupo criminoso, seu chefe e grupo de marginais. O que há são inúmeros pequenos traficantes, que se deslocam até as favelas cariocas e sobem a serra com cargas de entorpecentes” afirma.
A polícia não tem dúvidas de que a BR-040 é o principal caminho do tráfico para Petrópolis. A rota da droga começa no Morro da Mangueira e no Complexo do Alemão no Rio de Janeiro e nas comunidades de mangueirinha e do lixão em Duque de Caxias e sobe a serra pela BR-040 entrando na cidade pelos Pórticos do Quitandinha e do Bingen e também pelo acesso aos bairros e distritos na estrada.
Os traficantes mudam sempre o meio de transporte, a droga chega à cidade de carro, táxi e até de motocicletas, mas as últimas apreensões foram feitas nos ônibus intermunicipais. Foi assim que a policia militar fez a maior apreensão do ano, 2 kg e meio de pasta de cocaína e na semana passada prendeu um homem com 650 papelotes da droga no ônibus que vinha de Duque de Caxias.
A Polícia Militar fechou o cerco e houve aumento da comercialização das drogas este ano, 63 pessoas foram autuadas por tráfico entre janeiro e março de 2010. O comandante do 26º Batalhão da Policia Militar (Petrópolis), coronel Antônio Henrique Oliveira, disse que a PM faz rondas 24 horas por dia, mas não tem como estar em todos os lugares ao mesmo tempo, por isso ele conta com a colaboração da população e pede para que façam as denúncias. “É uma linha de rotatividade alta então não tem como fazer uma fiscalização onde não haverá a possibilidade de passar algo despercebido” afirma.